Por que 42 é a resposta para tudo? (Coleção O Guia do Mochileiro das Galáxias)

Douglas Adams. O Guia do Mochileiro das Galáxias. A Vida o Universo e Tudo Mais. 42. fãs. hitchkkiger guide to te galaxy. 

    

Por que 42 é a resposta para tudo?

    É sabido entre quem leu, ou não, a saga “O Guia do Mochileiro das Galáxias” que 42 é a resposta fundamental para “A Vida, o Universo e Tudo Mais”, dada pelo Pensador Profundo (um computador projetado para dar tal resposta). Mas você já se perguntou: “Por que 42”?

    Não é incomum encontrarmos leitores que chegam ao final da famosa “Trilogia dos Cinco” pensando que não há explicação para o número 42, mas discordo: tem sim. E, dentre tantas teorias que existem, me atrevo a explicar e dar minha opinião sobre isso usando os livros como referência!

    Afinal, por mais que esses livros sejam mergulhados no NONSENSE e eu goste disso, não deixei de buscar um sentido em tudo, uma explicação, algo que elucidaria toda a saga. E eu meio que gostei do final, porque então tudo fez sentido pra mim.

*Mas, obviamente, se ao final você chegou a uma conclusão diferente da minha, tudo bem, cada um interpreta um livro à sua maneira, é subjetivo.

ATENÇÃO

***Contém SPOILERS de todos os 5 livros da coleção: O Guia do Mochileiro das Galáxias***.

***Vou resumir os principais elementos da narrativa e dos personagens, leia por sua conta e risco***

***Recomenda-se que você já tenha lido todos os livros para entender melhor esta matéria. Mas você ainda pode acompanhar isso, mesmo se ainda não conhece a coleção, desde que não se importe com spoilers***

Não conhece a “Trilogia de Cinco”? Fiz uma resenha, sem Spoilers, bem AQUI!

 

   Para explicar o que significa 42, é necessário relembrar os acontecimentos dos livros, então vamos recapitular…

    Inicialmente, os Vogons vêm à Terra para demoli-la porque em seu lugar deveria passar uma rota espacial. Tecnicamente, a Terra não deveria estar aqui, e é um incômodo que esteja. Por que? Pois na realidade a Terra é um supercomputador projetado para “explicar a resposta 42” e isso também estava no DNA dos terráqueos, dos humanos, que nada mais eram que apenas parte da programação.

Planeta Terra. Globo Terrestre. Terra vista do Espaço
Apresento-lhes o Supercomputador Terra!

    Por causa disso, em segredo, havia quem quisesse o fim da Terra: os terapeutas dos Vogon (e de outras espécies do Universo), que perceberam que se todos descobrissem a resposta fundamental para "A Vida, o Universo e tudo mais" perderiam o seu negócio e clientes muito lucrativos. Para dar um fim a isto, eles pagam e atribuem aos Vogons a tarefa de demolir a Terra (sob o pretexto de construir um desvio espacial).

    Mas os Vogons, apesar de muito desprezíveis, tinham uma característica marcante: a burocracia, então eles procrastinaram e quando finalmente começaram a realizar a tarefa, atrasaram mais do que esperavam e ainda as coisas ficaram mais complicadas, porque…

    …descobrimos que a Terra estava num local de instabilidade que fazia com que essa zona tivesse múltiplas versões da Terra em diversas dimensões paralelas diferentes (o que é chamado, nos livros, de “zona plural”). Logo, o supercomputador denominado Terra operava em mais de uma dimensão paralela.

    A ideia de Zonas Plurais (mundos paralelos), viagens no tempo e improbabilidades infinitas podem “justificar” todo o Nonsense da coleção, por si só. E também mostrar como a Terra, ou suas múltiplas versões, estava para dar a resposta final, como tinha que ser.

 

Mundos Paralelos. Terras Paralelas
Zona Plural

    Mas lembre-se de algo ainda mais importante: o ego fez perguntarem ao Pensador Profundo “qual era a resposta” para “a vida, o universo e tudo mais” e ele respondeu “42”. Quando ficaram insatisfeitos com a resposta, ele explicou que a pergunta era muito vaga e que, uma vez que soubéssemos a pergunta, então saberíamos o teor da resposta. E assim a Terra foi construída para tal propósito…

    Portanto: a Terra não foi programada para dar uma “resposta”, mas sim para fornecer uma “pergunta”.

    Então, no quinto e último livro, é muito interessante que uma “mistura geral de todas as coisas” esteja acontecendo, meio que condensando e mesclando tudo no universo, deixando tudo ainda mais louco do que já é. Basicamente está causando algo como uma entropia!

    E então, bem no final do livro, repare que o endereço onde estão Arthur, Ford e Trillian é o exato número 42, no local onde Arthur sabia que “tudo iria acabar” (StavroMueller Beta). É como se Arthur, seus amigos e a própria Terra já estivessem “destinados” para aquele momento, como se toda a louca jornada que fizeram durante a saga de livros fizesse parte da programação (por mais insano que possa parecer, isso fala da noção de improbabilidade: ou seja, do que é improvável, mas não impossível).

    E então temos, com eles ali na Terra (ou uma de suas versões paralelas), a personagem Random (que significa literalmente “Aleatória” em inglês) que é filha de dois terráqueos (Arthur e Trillian) ambos que tinham parte da ‘resposta para 42’ em seu código genético. Esta filha foi concebida da forma mais improvável, e apesar de ser uma adolescente rebelde como qualquer outra, surpreendentemente é ela quem parece estar fazendo a pergunta certa…

    ...Observe que Random é uma metáfora para alguém que 'existe' e, portanto, quer saber 'onde é seu lugar e onde ela pertence', no jargão adolescente de Random: "Onde eu me encaixo?".

 

    Teria Random (lit; Aleatória) fornecido a pergunta que explicaria a resposta?

    O'que Douglas Adams respondeu quando questionado "por que 42 é a resposta para a vida, o universo e tudo mais?"

  "Foi uma piada. Certa manhã eu estava sentado em minha mesa olhando para o jardim enquanto ainda escrevia a cena, estava pensando em qual deveria ser a verdadeira resposta. Finalmente decidi que deveria ser algo que não fazia sentido exato. Tinha que ser um número. Apenas um número aleatório e, ainda por cima, um número cotidiano. Tinha que ser mundano, pequeno e comum. Então eu o escolhi. Pensei '42 servirá'. 42 é um número legal que você pode levar para casa e apresentar à sua família."

-Douglas Adams


     Em outras palavras, Adams escolheu 42 de maneira aleatória. Ele nem sabia exatamente o porquê, apenas escolheu o número que mais gostou sem pensar no porquê precisamente.

Douglas Adams. número 42

    E acho muito significativo que a adolescente (filha do Arthur e Trillian, terráqueos que tinham parte da “pergunta para a resposta” no DNA”) se chame “Aleatória”, que ela fique fascinada pelo relógio do pai Arthur, como se sentisse em seu âmago que já estava “na hora de alguma coisa", algo que ela só conseguia realizar na Terra, e assim foge para uma das versões paralelas da Terra (que também era um supercomputador), e é seguida pelos demais personagens: de modo que no momento certo, no final do livro, ela pergunte “onde eu me encaixo?”, bem na rua de número 42. E que assim finde o livro.

    Isto revela uma coisa: como podemos perguntar “Qual é o propósito da vida, do universo e de tudo o mais”, como podemos perguntar algo tão complexo, se nem sabemos “nosso lugar no universo”, “nosso próprio propósito” e “onde pertencemos nisso tudo”, afinal; “onde nos encaixamos”?

    A nossa vida é muito curta, e de que adiantaria saber “exatamente para que serve o universo e por que está aqui”, se não fosse saber “onde nos encaixamos” nisso tudo logo depois???

    Obviamente a resposta é 42, é aleatória. Porque para pessoas diferentes a resposta será diferente, para um religioso a resposta será uma, para um ateu como Adams será outra, para cada um de nós a resposta será divergente.

    Então, obviamente, a resposta é 42. É qualquer coisa. É aleatória. A vida, o universo e tudo mais é 42, ou seja: o que você quiser que seja, o que você quiser que signifique, desde que você saiba qual é a pergunta!

 

Não Entre em Panico, a Resposta é 42

    Certamente muitos de nós já deve ter tido aquele impulso primordial e essencial que existe no nosso DNA e nos faz perguntar, pelo menos uma vez na vida, “onde me encaixo?”.

    Então isso explica porque estava acontecendo a “mistura geral de todas as coisas”, lembre-se que o livro também nos informa que:

 “Existe uma teoria que diz que se alguém descobrir exatamente por que e para que o universo está aqui, ele desaparecerá e será imediatamente substituído por algo ainda mais estranho e inexplicável. Existe outra teoria que diz que isso já aconteceu.” 
- Guia do Mochileiro das Galáxias

     Portanto, ao avaliar a coleção, notamos que o Pensador Profundo deu a resposta fundamental. E Random forneceu a pergunta fundamental.

    E, ao final, chegam os inimigos e a Terra é destruída novamente junto com os personagens que ali se encontravam, e desta vez são destruídos definitivamente em todas as suas versões paralelas. E é assim que a coleção termina. Mas como a Terra forneceu a “pergunta para a resposta”, então talvez tudo tenha sido substituído por algo ainda mais estranho e inexplicável, momentos antes da destruição.

    É agridoce. Querendo ou não, ainda sim, é um fim bem anticlimático. Concorda? Fica um gostinho de 'quero mais'. Fica até aquele desejo de um 'final feliz'. Mas não é isso que temos, a Terra finda seu propósito e é destruída em seguida, os personagens morrem, e ainda que tenhamos a 'pergunta para a resposta' que é até filosófica e reflexiva, ainda sim a saga tem um fim ameno. Mas admito que não esperava menos, para quem não sabe a coleção se chamaria “Os Fins da Terra” antes de se tornar “O Guia do Mochileiro das Galáxias”. Eu não esperava realmente um “Final Feliz” vindo de Douglas Adams.

    Foi um fim reflexivo, para o leitor, e deplorável para os personagens e para as múltiplas versões da Terra. Mas como a coleção de Adams é “Nonsense + Sátira”, achei coerente esse fim.

 

Número 42. 42 é a resposta para tudo. Por que 42?

    E então? Agora que você sabe exatamente “qual é a pergunta”, o que 42 significa para você?

  

    Extra: Fichamento e Análise de Personagens

Zaphod, Trillian, Arthur Dent, Ford Prefect. Fanart

Fanart fonte: https://www.tumblr.com/aldwynbob

 

    — Ford Prefect é um alienígena, descrito como ruivo, com olhos muito separados e que quase não piscam e por isso deixa as pessoas desconfortáveis, e tem um sorriso assustador. Ele é um mochileiro das galáxias que veio passar algumas semanas na Terra (ou uma das múltiplas versões dela), porém como este planeta está no canto mais brega e inóspito da Galáxia, ele ficou preso aqui, sem conseguir carona, por 15 anos. Então passou a se fingir de ator desempregado, vivendo de bicos.

    Em relação a sua personalidade, é bem ousado, excêntrico, sem limites, escrachado, que está sempre levando o leitor a situações inesperadas, ele trás um tom ainda mais imprevisível a trama e gosto disso nele. Não há nada de banal em Ford, é ao mesmo tempo divertido e indiferente, adora uns drinks e boas espaçonaves, curte uma farra, não quer responsabilidade com nada, tá feliz com sua vida de Mochileiro das Galáxias ainda que isso coloque-o nas maiores furadas. É como escritor de um Guia para Mochileiros da Galáxia (como ele) que, inclusive, ganha a vida realmente (em termos de ofício).

    Ele pode até parecer individualista, e é realmente, em alguns momentos da trama, mas também em outros ele acaba por ser razoável com seus amigos e com oque acredita, isso o torna multifacetado e interessante. O único amigo notável que ele fez na Terra foi Arthur, quem ele escolhe para tirar dali antes da destruição. Ford pode ser irresponsável e irreprimível, mas é capaz de se compadecer e ajudar, de lutar pelo que acredita ou pelos outros, quando assim sente que deve.

    Quando o autor iniciou a narrativa que se chamaria "Os Fins da Terra", percebeu que precisava de um personagem que não fosse da Terra para poder dar aos leitores o contexto e as explicações necessárias, e assim esse personagem nasceu, junto com o seu Guia do Mochileiro das Galáxias (que acabou se tornando o nome da coleção, afinal).

    É um personagem recorrente na coleção, aparecendo em todos os 5 volumes.


    — Arthur Dent é um humano, descrito como muito alto, de cabelos morenos, e sempre ansioso. Ele tem pais e uma irmã, porém deixou Londres para viver numa cidadezinha menor e menos estressante, trabalhando na rádio local.

    Ele é tudo que o Ford não é, Arthur é banal, como ele mesmo disse "sou mais diferenciado que diferente", ele só é diferenciado pelas loucuras que acontecem na vida dele, fora isso ele é muito comum. Arthur só quer uma vidinha, ele está bem desde que tenha uma casa, alguém para amar e alguma fonte de renda, isso é suficiente para ele. Mas não é isso que ele tem, e mesmo diante de todas as adversidades malucas, ele permanece firme e resiliente. Torna-se um Mochileiro das Galáxias involuntário, depois que seu amigo Ford o salva da destruição da Terra que ele habitava.

    Arthur nunca sabe o que está acontecendo, é o personagem mais ingênuo, ele não queria que sua vida fosse para o espaço (literalmente), e por isso está insatisfeito com todos os percalços constantes que acontecem com ele, mas ao mesmo tempo ele quer ajudar quando pode e tenta ser prestativo quando solicitado, faz o que pode pelos outros e por si mesmo, mesmo que não seja muito.

    Ao longo do caminho ele até aprende a voar (literal e metaforicamente falando), e ganha alguma independência, encontra o amor e o perde um tempo depois de maneira trágica, tenta viver em outras versões da Terra, até perceber que nenhuma será como a Terra dele, então se resigna a ser sanduicheiro num planetinha E.T qualquer. Fora isso, não espere muito do personagem.

    Arthur é leal, gentil e tem boa índole, se preocupa com seus amigos e com sua filha Random. Arthur Dent é o típico bom moço bobalhão tentando achar um sentido em meio aos problemas que lhe surgem, tudo oque ele queria era uma vida tranquila e pacata, apesar de seus amigos sempre arrastarem-no para as mais loucas aventuras, ou seriam desventuras?

    O personagem foi criado porque o autor precisava de alguém para quem a Terra fosse importante, ele o chamou de Alaric, mas depois renomeou-o como Arthur quando pensou: “um nome comum, para um personagem comum”. Muitos também apontam que o personagem é na verdade o próprio autor, tanto na aparência quanto na forma como ele via a si mesmo.

    Arthur é um personagem recorrente, aparecendo em todos os 5 volumes da coleção.


    — Marvin é um robô humanóide de aço brilhante, com olhos vermelhos e triangulares, lançado de maneira recente (no livro um), mas mesmo assim descrito como tendo peças que poderiam ser melhor montadas. Ele vive nos cantos, quando segue ordens parece doloroso vê-lo se movimentar, como se ele fosse 3 kg mais pesado do que realmente é, o que tem mais a ver com sua personalidade do que com sua habilidade motora.

    É um andróide; tem inteligência artificial. Aparece em algumas cenas nos 4 primeiros livros da coleção e não aparece no volume final. Para mim é fácil de explicar: na narrativa, Marvin é um robô deprimido justamente porque, apesar de sua alta capacidade operacional, os organismos vivos com os quais ele convive não se importam. Marvin estava deprimido precisamente porque não lhe era dado valor suficiente, mesmo quando era ainda útil e novo.

    Foi muito importante na narrativa porque salvou a vida dos personagens mais de uma vez, mas não ganhou fama ou notoriedade entre eles, nem foi apreciado por quaisquer seres vivos ao seu redor. É sempre deixado para trás, sacrificado para salvar alguém, ou perdido em algum lugar, ou mesmo jogado em lugares miseráveis.

    Os seres vivos só utilizam máquinas para suas próprias necessidades, e muitas vezes nem utilizamos toda a capacidade de nossos dispositivos. Ao longo dos livros, e no último, vimos como os robôs são tratados: são apenas usáveis e quando não têm mais uso que agrade ao proprietário são descartáveis. Marvin ficou obsoleto no penúltimo livro e parou de funcionar permanentemente. E é assim que tratamos as máquinas, faz sentido que ele não apareça no último livro, pois pensei que essa fosse apenas mais uma das muitas críticas do autor, afinal descartamos nossos aparelhos eletrônicos sem piedade, descartamos facilmente quando não são mais úteis para nossos propósitos.

    O autor, Douglas Adams, admitiu que Marvin só deveria aparecer em algumas cenas do primeiro livro, mas uma fã lhe enviou uma carta dizendo que amava-o, e muitos outros fãs (até hoje) afirmam o mesmo desde então. Isso fez com que Adams colocasse o personagem em mais cenas e expandisse seu envolvimento na trama além do que pretendia originalmente. Ele parecia não entender porque todo mundo se apaixonou por Marvin e suas frases deprimentes, haha (Freud Explica).


    — Trillian Astra é uma humana, descrita como tendo longos cabelos morenos, olhos muito castanhos, boca carnuda e nariz estranho, vestindo-se com roupas de aspecto que lembra os árabes. É uma moça relativamente honesta, mas com um grande gosto pela aventura e que queria saber mais não só do mundo como também do universo. Por conta disso, ela é muito curiosa e fascinada por coisas diversas, seu maior medo parece ser “perder a chance de conquistar algo significativo em sua vida”. É muito inteligente, formada em matemática e astrofísica, mas ironicamente acabou como repórter, sem conseguir carreira na profissão que se formou.

    Ela é extremamente adaptável e aberta a coisas novas, por mais insanas e estranhas que pareçam, ela não se deixa abater por complicações ou restrições impostas a ela. A trama também sugere que Trillian queria ter uma vida amorosa com Zaphod, e foi para o espaço com ele não apenas pelo desejo de explorar. Porém Zaphod era uma pessoa difícil de amar e ela não parece ser totalmente correspondida. Tentaram ter filhos, o que não aconteceu por serem de espécies diferentes.

    No final, Trillian fica sozinha e recorre à inseminação artificial (cujo pai é Arthur, um dos poucos humanos nas galáxias que vendeu seu esperma para conseguir dinheiro e continuar a mochilar pelo universo). A moça luta para equilibrar a maternidade com a vida profissional, e deixou a filha em diversas creches pelo universo e a negligenciou (mas não de propósito), o que deixou a adolescente Random rebelde. No final, ela procura Arthur para que ele também assuma a responsabilidade por sua filha.

    Não ganhou muito destaque na coleção, e não é exatamente uma personagem recorrente, apesar de aparecer nos volumes 1, 2, 3 e 5 (e ser mencionada no 4).


    — Zaphod Beeblebrox é um alienígena descrito como tendo cabelos loiros, olhos azuis, duas cabeças e três braços. O livro o descreve como "um ex-hippie, bon-vivant, trambiqueiro e considerado por muitos um lunático completo". Ele é bastante egocêntrico e narcisista, como ele mesmo disse: “Se há algo mais importante do que o meu ego por aí, quero que seja capturado e fuzilado agora”. Esta sempre em busca de confusões e aventuras, não possui muito senso crítico, tanto quanto é um criminoso e já foi preso, é um tanto quanto irresponsável e indigno de confiança, não parecendo se preocupar tanto com os outros, apesar de poder ser compelido a tal (com muito esforço).

    Ele não se apega facilmente as pessoas, a não ser que elas façam parte de algum proposito que ele ambicione. Apesar de sua personalidade autocentrada (ou justamente por causa dela) ele é bastante extrovertido, persuasivo e conquistador e, por incrível que pareça, seu comportamento fez com que fosse bem sucedido na maior parte das coisas que quis fazer (como ser presidente da Galáxia). Ele conquistou Trillian e levou-a consigo, sem muitas pretensões sérias (retirando-a da Terra 6 meses antes da destruição). Também roubou a Nave Coração de Ouro (movida a improbabilidade) que acaba por salvar Ford e Arthur da morte iminente. Zaphod também fica determinado a saber quem comanda o universo, embora se decepcione ao encontrar.

    O personagem é apenas um coadjuvante, que acabou chamando muita atenção do público, apesar de só aparecer realmente do volume 1 ao 3 (é mencionado no volume 4, mas não é sequer lembrado no ultimo livro).

    A sensação que tenho é que Zaphod e Trillian serviram, um para salvar Arthur e Ford, e a outra para fazer funcionar o enredo do ultimo livro ao gerar Random, mas que o autor os criou sem saber muito bem oque fazer com eles além disso.

 

Finalizando: Para mim, Arthur e Ford são os protagonistas da saga, em meio a outros coadjuvantes que podiam ter rendido bem mais. Mas o término da jornada me agradou, em questão de enredo, pois sanou minhas dúvidas.

   Gostou da publicação? Gostou da publicação? 
1) Não se esqueça de seguir o Blog (Clique AQUI para seguir o blog).
 
2) Siga-me também nas redes sociais: 

  Instagram | Pinterest | Skoob

 
3) Ajude o blog: Compartilhe este conteúdo.
Se você leu e gostou deste post, compartilhe-o em suas redes sociais e/ou via compartilhamento para amigos e grupos de mensagens. Isso ajuda a divulgar o blog e semear conhecimento para mais pessoas.
 

3 comentários:

  1. Oi Anne, nossa, não consigo nem pensar o que 42 significa para mim, só sei que em 2025 completarei essa idade e espero que algo bom e importante aconteça na minha vida, senão ficarei decepcionada..hahahaha...

    Eu não lembro se comecei pelo filme ou pelos livros, só que acabei não lendo a série inteira. Tenho vontade, mas ainda não sei quando farei isso. Nem preciso dizer que meu personagem favorito é o Arthur por motivos de Martin Freeman, e quanto ao Marvin, a primeira ideia que me vem quanto ao fato dele ser depressivo é exatamente por ele saber muito sobre tudo. Sabe aquela história de "a ignorância é uma bênção", ele não tem essa opção.

    Adorei a sua análise e gostei de saber mais sobre a Random e como ela se relaciona à trama.

    Até breve;
    Helaina (Escritora || Blogueira)
    https://hipercriativa.blogspot.com
    https://universo-invisivel.blogspot.com

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oiê, Helaina. Confesso que então somos duas! Também quero coisas boas e significativas pra os próximos anos, torcendo por nós 🍀🍀🍀🍀🙏

      Isso que você falou do Marvin faz TOTAL sentido também, concordo. Já a Random, achei a inserção dela na narrativa muito "do nada", fiquei com peninha do Arthur do dia pra noite descobrindo que é pai, a Trillian deixa a adolescente com ele e vai embora cobrir uma matéria em outro lugar da galáxia, e o coitado até tenta ser gentil e já se importa com a filha e tenta dá o melhor dele, mas a menina é bem grosseira e rebelde com o pobi do homem, hahaha.

      Entendo, na minha opinião a saga dá uma bela decaída depois dos primeiros volumes, lembro que quando cheguei no terceiro dei uma pausa, e só bem depois li os últimos.
      O primeiro livro é bem legal, mas conheço vários que pararam nele e ok, nós leitores temos que nos respeitar, respeitar nossos ritmo de leitura e nossos gostos. E nos frustrar menos conosco quando não damos seguimento pra uma saga ou livro. Se tiver que ser, talvez algum dia o desejo de continuar volta. Se não, tudo bem também, vida que segue. Com tantos outros por ai pra satisfazer nosso Interesse de ler, né?!

      Eu sou suspeita pra falar de adaptações, porque eu gosto bastante de ver algo que li, haha. Mesmo que seja diferente, prende minha atenção.
      Até mais,
      Bjsss ❤️

      Excluir
  2. Amém!! 🙏

    É até um alívio o filme não ter chegado nessa parte. Martin Freeman entrega demais no sofrimento... hahahah... ia me fazer chorar.

    Engraçado que pelo meu blog, eu só li mesmo os 3 primeiros livros e avisei sobre a pausa. Escrevi as resenhas e tudo (se for ler só um lembrete: eu ainda não sabia fazer resenha direito em 2015): O Guia do Mochileiro das Galáxias, O Restaurante no Fim do Universo , A Vida o Universo e Tudo Mais.

    Até mais;
    Beijos; ❤️

    ResponderExcluir

1) Agradeço a visita, fique à vontade para comentar; mas lembre-se que ao fazer isso concorda com as Políticas do Blog.

2) Seu comentário passará por moderação antes de ser publicado (Saliento que, de qualquer modo, o que é publicado por terceiros na aba de comentários não reflete a opnião do Blog).