Fichamento e Frases Marcantes de Os Miseráveis

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Fichamento e Frases Marcantes de "Os Miseráveis"

Essa postagem não possui spoilers

  Fichamento - Principais Aspetos Narrativos Deste Livro

    Os Miseráveis, de Victor Hugo, é um livro que fala de Injustiça Social, refletindo sobre a sociedade francesa do século XIX (mas que ainda pode ser usado como comparativo para sociedades modernas, como a nossa por exemplo, infelizmente), aborda temas como dignidade e indignidade, principalmente em relação a ações humanas individuais e em coletivo, como povo. Articulando tudo que ocorre na trama, seja a nível individual ou coletivo, com questões sócio-histórica.

    Tem um tom bastante Humanista, Libertário, Religioso e Político, desprezando o neoliberalismo, a meritocracia, preconceitos diversos, o capitalismo selvagem e seu exército de "luxos" descartáveis. Questiona a lei cega e fria que não leva realmente a nenhuma justiça, questiona o encarceramento compulsório, não exime as ações individuais maléficas de seus personagens, mas coloca em pauta que indivíduos são só a ponta do Iceberg e elenca que os reais problemas sociais advêm de uma sociedade falida de virtudes; falida de generosidade, de bondade, de gratidão, de perdão, de humildade, de tolerância e de amor ao próximo.

    É um livro que exalta firmemente a fé, mas questiona duramente o dogma. É um livro que não crê em discursos de ‘natureza humana inquestionavelmente má’ onde costumeiramente alegam que algumas pessoas estão destinadas à virtudes e outras à proscrição social. Pelo contrario, é verdadeiramente um enredo que crê em mudanças, através da piedade e amor, onde o destino é nada mais que uma via para o sublime divino ou para o mau resoluto, a depender de qual estrada escolhermos andar, dependendo do que semearam em nós e oque resolvemos semear de volta.

    Nesse enredo há personagens bons e maus, o autor fala de luz e de trevas, mas Hugo não é maniqueísta em relação a alma humana, ele crê que as pessoas são maleáveis e podem mudar para o bem ou para o mau.

    É um livro quase romântico-idealista, no sentido de tentar inspirar uma razão de ser mais altruísta, generosa, humilde e piedosa, de quem (quando luta) que seja para tentar diminuir iniquidades, ao mesmo passo confronta-nos com uma sombria realidade social enraizada em ensinar o oposto: criando pessoas egoístas, ostentosas, presunçosas e inclemente, que sustentam o Status Quo de uma sociedade que faz questão de produzir e manter misérias.

    Hugo ensina que, dizer que os humilhados serão exaltados’ é uma inverdade pelo simples fato de que aqui na terra, em nossas sociedades torpes, ‘tudo é vaidade’, e por isso as pessoas que aqui são exaltadas muitas vezes são as que não tem as melhores virtudes. Ele é pontual em dizer que as qualidades que exaltamos na terra não são as mesmas que serão exaltadas pelo divino.

    Por isso tudo é, ao mesmo tempo, um livro miserável e inspirador.

 

Fiz uma resenha, sem spoilers, sobre esse livro bem AQUI

 

Então vamos lá, Os Miseráveis é um calhamaço de mais de 1.500 páginas, divido em 5 partes: “1-Fantine”, “2-Cosette”, “3- Marius”, “4- O Idílio da Rue Plumet e a Epopeia da Rue Saint-Denis” e “5- Jean Valjean”.

Aqui nessa publicação destaco as frases que mais me chamaram a atenção em cada uma dessas partes!

    Se você já leu Os Miseráveis, confira se recorda-te delas. Se não leu, veja se elas lhes inspiram a conhecer a obra, se não hoje, algum dia! Vale muito a pena conhecer, e lendo as frases você pode entender melhor do que se trata o livro e como pensava o autor Victor Hugo.


Os Miseráveis (Parte 1: Fantine)

Frases Memoráveis

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Edição de Os Miseáveis dividida em 5 Volumes

Prefácio: "Enquanto, por efeito de leis e costumes, houver proscrição social, forçando a existência, em plena civilização, de verdadeiros infernos, e desvirtuando, por humana fatalidade, um destino por natureza divino; enquanto os três problemas do século - a degradação do homem pelo proletariado, a prostituição da mulher pela fome, e a atrofia da criança pela ignorância - não forem resolvidos; enquanto houver lugares onde seja possível a asfixia social; em outras palavras, e de um ponto de vista mais amplo ainda, enquanto sobre a terra houver ignorância e miséria, livros como este não serão inúteis".

“Ser santo é exceção, ser justo é regra. Errem, desfaleçam, pequem, mas sejam justos. Pecar o menos possível é a lei dos homens, pecar nunca é sonho dos anjos. Tudo oque é da terra esta sujeito ao pecado”.

“O Eclesiastes vos nomeia Todo-Poderoso e onipotente; Macabeus vos nomeia Criador;a Epístola aos Efésios vos nomeia Liberdade; Baruc vos nomeia Imensidão; os Salmos vos nomeia Sabedoria e Verdade; o livro de João vos nomeia Luz; o Livro dos Reis vos nomeia Senhor; o Êxodo vos chama de Providência; o Levítico, Santidade; Esdras, Justiça; a Criação vos nomeia Deus; o homem vos nomeia Pai; Salomão vos nomeia Misericórdia, e é este o mais belo de vossos nomes”.

“As falhas das mulheres, das crianças, dos criados, dos fracos, dos pobres e ignorantes, são as falhas dos maridos, dos pais, dos professores, dos fortes, dos ricos e dos sábios. (…) Aos ignorantes, ensinem o máximo de coisas que puderem; a sociedade é culpada por não ministrar a instrução gratuita; ela é responsável pelas trevas que produz. Se uma alma, na sombra da ignorância, comete um pecado, a culpa não é de quem o faz, mas de quem provocou a sombra”.

“(...)O luxo é um erro. Parece revelar hábitos nada caridosos”.

“Nunca devemos ter medo de ladrões ou assassinos. São perigos externos e os menores que existem. Temamos a nós mesmos. Os preconceitos é que são os ladrões; os vícios é que são os assassinos. Os grandes perigos estão dentro de nós. Que importância tem aquele que ameaça a nossa vida ou a nossa fortuna? Preocupemo-nos com o que põe em perigo a nossa alma. (…) Rezemos não por nós, mas para que nosso proximo não venha a pecar por nossa causa”.

“O homem tem um tirano: a ignorância”

“Não basta destruir os abusos, é preciso mudar os costumes, Desapareceu o moinho, mas o vento ainda sopra”.

(…) Há anos principiou a formar-se uma nuvem que, ao cabo de quinze séculos, rebentou. E então, buscando a quem culpar, acusam o raio”.

“Gosto de Jesus Cristo. Quando exclamava: Sinite parvulos [deixe vir a mim], não fazia distinção entre as crianças. Não teria escrúpulo em juntar o filho de Barrabás com o filho de Herodes. À inocência não importam os títulos. É tão sublime se adornada por farrapos, quanto envolta num manto de arminho ornado de flores-de-lis”.

“Devemos chorar sobre todos os inocentes, sobre todos os mártires, sobre todas as crianças, sejam filhos do povo, sejam filhos do rei? De acordo. Mas então, repito, é necessário retroceder muito além (…) as lágrimas devem começar a ser derramadas muito antes. Estou pronto a chorar com o senhor pelos filhos dos reis, contando que o senhor chore comigo pelos filhos do povo! Choremos por todos igualmente. Mas se a balança pender, choremos primeiro pelos filhos do povo, porque estes sofrem faz mais tempo!”.

“O bem não pode ser servido pela impiedade”.

“Quem, durante a prosperidade do inimigo, não foi acusador obstinado deve calar-se na derrota. O denunciador nas eras de prosperidade é o único a fazer justiça quando se der a queda”.

“Vivemos numa sociedade sombria, ter êxito, eis o ensinamento destilado gota por gota pela corrupção que avança(…) Diga-se de passagem, não há nada mais odioso que o sucesso. Sua quase semelhança com o merecimento engana muito os homens. O sucesso, sósia do talento, infelizmente tem um ingenuo que nele crê facilmente: a história. (…) Quem triunfa é bem quisto. Foram cinco ou seis exceções notáveis que constituem o brilho de todo um século? A admiração contemporânea é como simples miopia (…) enquanto isso, qualidades excepcionais são conferidas, por aclamação pífia, a quem quer que consiga alguma coisa, seja lá oque for”.

“O versículo ‘porque muito amou muito lhe será perdoado’ foi julgado vulnerável pelos ‘homens de posição’, pelas pessoas de responsabilidade’, pela ‘gente sensata’, tais são expressões especialmente caras a esse triste mundo, onde o egoismo recebe a palavra de ordem do pedantismo”.

“Cidades produzem homens ferozes justamente porque os corrompe”

“É impossível sair da miséria pela porta que leva a infâmia”

“É própria das sentenças em que predomina a impiedade, isto é, a brutalidade, transformar pouco a pouco, por uma especie de estúpida transfiguração, um homem em animal, as vezes até em animal feroz”.

“Essa mudança, que põe nome ‘elegante’ no plebeu e um nome camponês no aristocrata é uma reviravolta do desejo de igualdade”.

“Meus amigos, nunca digam que há plantas más ou homens maus. O que há são maus cultivadores”.

“Existe uma coisa que é maior que o mar: o céu. Existe um espetáculo maior que o céu; o interior de uma alma”.

“Ninguém pode impedir o pensamento de voltar para uma ideia; como não podemos impedir o mar de voltar para uma praia. Para o marinheiro isso se chama maré, para o culpado isso se chama remorso”.

“Não se encontram diamantes, senão nas profundezas da terra. Não se encontram verdades, senão no mais intimo da alma”

 Os Miseráveis (Parte 2: Cosette)

Frases Memoráveis

“A coluna de Waterloo seria mais justa se, em lugar da figura de um homem, elevasse aos céus a estatua de um povo. A grande Inglaterra não vai gostar do que dizemos aqui, ela conserva, ainda, a ilusão feudal. Ela ainda acredita na hereditariedade e hierarquia. Considera-se mais uma nação que um povo. E como povo subordina-se facilmente, tomando um lorde como cabeça”.

“Querem dar-se conta do que é uma revolução? Chamem-na de Progresso. Querem dar-se conta do que é progresso? Chamem-no de Amanha”.


 “Impor o passado ao presente, isso é muito estranho. (…) Não devemos olhar o passado como quem passa verniz e apaga as iniquidades medonhas (...) Quanto a nós respeitemos o passado em um ponto ou outro, e até poupemos o passado, contanto que ele consinta em ficar morto. (…) superstições, bigotismos, hipocrisia, preconceitos, larvas, não passam de larvas, são extremamente agarrados a vida, tem dentes e unhas em sua vaidade, e é preciso combatê-los corpo a corpo e fazer-lhes guerra sem trégua. Porque uma das fatalidades da humanidade é ser condenada ao eterno embate de fantasmas”.

“É próprio da verdade não se exceder jamais. Que necessidade tem ela de exagerar?”

“Não levemos fogo onde basta luz!”

“O homem vive mais de afirmações que de pão”

“Gozar, que fim triste, que mesquinha ambição. A besta é que goza. Pensar, eis aí o verdadeiro triunfo da alma”.


    Os Miseráveis (Parte 3: Marius).

Frases Memoráveis

“Nenhum progresso é feito em uma única etapa”.

“Como acontece com todos os novos adeptos de uma ideia, sua conversão o embriaga, transformando-o em apostolo, levando-o longe demais. O fanatismo pela espada o domina, confundindo-lhe, no espirito, entusiasmo com ideal”.

“Sempre existe o perigo de erro na procura pela verdade (…) E na boa-fé violenta admite-se tudo, sem considerar os detalhes. Ingressa em novos caminhos julgando os erros (…) medindo a glória e negligenciando as circunstancias atenuantes”.

“Não ver as pessoas por quem são de fato permite-nos supor nelas todo tipo de perfeições [ou imperfeições]”.

“Temia que a atual pobreza dos métodos, a miséria do ponto de vista literário, limitado a dois ou três séculos tidos como clássicos, o dogmatismo tirânico dos pedantes oficiais, os preconceitos escolásticos e a rotina, acabassem por fazer de nosso colégios viveiros artificiais para ostras”.

“Instruir, também chamava de: libertar-se”.

“Toda qualidade beira um defeito. O econômico é quase avarento. O generoso confina com o pródigo. O corajoso é quase temerário. Quem se diz muito piedoso é quase tartufo. Há tantos vícios nas virtudes”.

“Nada é tão estupido como vencer, a verdadeira gloria consiste em convencer. Provem-me o contrario se puderem. Vocês se contentam com o êxito, que mediocridade. E com a conquista, que miséria! Ai de mim, vaidade e covardia por toda a parte”.

“A borboleta conseguiu êxito, o homem fracassou”.

“Miséria: admirável e terrível forma na qual os fracos saem como infames e os fortes como sublimes. Miséria é onde o destino joga o homem toda vez que quer criar patifes e semideuses”.

“Os mais velhos sentem tanta necessidade de afeto quanto de sol. É o mesmo calor”.

“Julgaríamos com mais segurança a personalidade de um homem pelo que sonha fazer do que pelo que realmente diz querer fazer. O pensamento supõe vontade. O sonho não. O sonho é completamente espontâneo, conserva o perfil de quem somos, nada sai mais sinceramente do fundo de nossas almas que as nossas aspirações irrefletidas e sem limites. Nessas aspirações pode-se encontrar muito mais que ideias coordenadas, refletidas e sensatas, pode-se encontra o caráter. Nossas quimeras são as que mais se assemelham a nós. Cada um sonha com o desconhecido de acordo com suas próprias inclinações”.

“Destruamos a caverna ignorância, e destruiremos a toupeira crime”.

“Todos os homens são a mesma argila. A mesma carne durante, a mesma cinza depois”.

“Sem duvida pareciam bastante depravados, bastante corrompidos, bastante aviltados, dignos de ódio até, mas são tão raros os que caem e não se degradam. Alias, há um ponto em que os desafortunados e os infames se misturam e se confundem em uma só palavra, fatal palavra: miseráveis. De quem é a culpa? E não é verdade que quanto maior a queda, maior deve ser a caridade?”


 Os Miseráveis (Parte 4: O Idílio da Rue Plumet e a Epopeia da Rue Saint-Denis).

Frases Memoráveis

“Homens selvagens, esfarrapados, barulhentos, ferozes, (…) perigosos e terríveis (…) que pretendiam? Queriam o fim das opressões, o fim da tirania, o fim da espada, queriam trabalho para o homem, instrução para a criança, tranquilidade social para a mulher, liberdade, igualdade e fraternidade, pão para todos, ideias para todos, uma indenização do mundo, progresso: estes eram os selvagens da civilização. Há outros homens, sorridentes, cobertos de rendas, plumas, luvas, de ouro e de fitas, sapatos de verniz (...), que insistem docemente pela conservação do passado, da Idade Média, do direito divino aos tiranos, do fanatismo, da ignorância, da escravidão, da pena de morte, da guerra e violência, glorificando a meia-voz, polidamente, o sabre, a fogueira e o cadafalso: são os civilizados da barbárie. Quanto a nós, se formos forçados a escolher entre um ou outro, escolheremos os selvagens da civilização”.

“O primeiro sintoma do verdadeiro amor num jovem é a timidez, numa jovem é o atrevimento. Isso pode espantar, mas não há nada mais simples: os opostos que se atraem tendem a se aproximar tomando as qualidades um do outro”.

“Todas as obras de Deus são feitas para servir ao amor (…) Depois de uma vida de amor, uma eternidade de amor é com efeito um acréscimo (…) vocês que sofrem por amor, amem ainda mais, morrer de amor é viver (…) Desgraçado quem não tiver amado mais que corpos, formas e aparências. A morte roubar-lhes-á tudo. Procure amar as almas, e tornarão a encontrá-las. Que grande coisa ser amado, maior ainda é amar!”.

“O povo que trabalha, sofre e espera, a mulher oprimida, a criança que agoniza, as guerras surdas de homem contra homem, as selvagerias obscuras, os preconceitos, as iniquidades consentidas (…) a comoção indistinta das multidões, os mortos de fome, os descalços, os nus, os infames, todos larvas que erram em meio a trevas. (…) é no subterrâneo impenetrável onde se arrastam em confusão os que sangram e os que ferem, os que choram e os que maldizem, os que jejuam e os que devoram, os que sofrem o mal e os que fazem-no. Eis o subsolo da civilização, por ser mais profundo e sombrio, é menos importante que a superfície? Uma montanha pode ser bem conhecida quando se ignora suas cavernas? Todas as convulsões do fundo agitam a superfície”.

“A verdadeira divisão da sociedade é esta: os que possuem luz, e os que só tem trevas. Diminuir o número dos últimos, eis a verdadeira finalidade das coisas. É por isso que gritamos: ensino, ciência!”

“Quando um homem não tem senão farrapos pelo corpo e vícios no coração, quando chega a essa dupla degradação, material e moral, que caracteriza o duplo sentido da palavra gueux (malfeitor pobre), então está pronto para o crime. A posterior passa então a ser como um punhal bem afiado, tem dois cortes, a maldade e a miséria, por isso a gíria não o chama mais de gueux, e sim de réguisé (bem afiado)”.

“Agitações puramente políticas são brinquedos de criança. Quando não se trata mais do oprimido versus o opressor, e sim daqueles em privação contra aqueles em bem-estar. Então tudo desaba. É o terremoto do povo. (…) E assim foi a Revolução Francesa”.

“O crescimento intelectual e moral não é menos indispensável que o progresso material. Pensar é também necessidade, alimenta tanto quanto o pão (…) qualquer razão sem sabedoria, definha. Compadeçamo-nos tanto dos estômagos famintos quanto dos espíritos que não se alimentam. Se existe algo mais pungente que um corpo que definha por falta de pão, é uma alma que míngua por falta de luz”.

“Tomem cuidado os que nada esperam do futuro (...) Não estão condenando o futuro, mas a si mesmos. Contraíram uma triste doença, pois não existe senão uma maneira de recusar o futuro: morrer”.

“No amor, há quem ama a alma antes do corpo, há quem ame o corpo antes da alma; as vezes despreza-se por completo a alma. (…) alguns diriam ‘porque não existe alma’, mas, felizmente, esse sarcasmo é uma blasfêmia”.

“Estava na idade em que, tratando-se do mal, nada se crê, mas tarde é que chega a idade em que se acredita em tudo. As suspeitas nada mais são que rugas. A mocidade não as tem”.

“Certos oráculos de certa política sonsa dirão que, do ponto de vista do poder, um pouco de revolta é ate desejável. Motivo: a revolta reforça os governos cujo os revoltosos não conseguiram destruir. Põe a prova o exercito, concentra a burguesia, estica os músculos da polícia, constata qual a força da ossadura social. É uma ginastica, é uma limpeza. O poder sente-se melhor depois de uma revolta, como um homem depois de uma massagem. (…) Depois de uma revolução oque se sente é alivio, depois de uma revolta oque se sente é catástrofe. (…) Quanto a nós, rejeitamos essa palavra: revolta. (...) A revolta é retrocesso. Onde a revolução/ insurreição é sempre um fenômeno moral, antes de material. Na revolução/ insurreição sabe-se que, seja lá como for o hoje, a paz será o amanha”.

“Existe uma intensificação do pensamento quando perto da vizinhança do sepulcro; estar perto da morte obriga-nos a ver bem as coisas”.

“Seja guerra estrangeira ou civil, a guerra é iníqua. Chama-se crime. A guerra é injusta, principalmente quando é vergonhosa, quando a espada se transforma em punhal, quando assassina o direito, o progresso, a razão, a civilização e a verdade”.

“Uma enorme fortaleza de preconceitos, de privilégios, de superstições, mentiras, de exações, de abusos, violências, de maldades, iniquidades e de trevas, ainda esta de pé sobre o mundo com suas torres de ódio. É preciso destruir essas monstruosidades”.

“Idealistas tem estes desânimos profundos e supremos, que resultam em resoluções desesperadas. A fadiga da vida lhes é insuportável. Para eles, a morte é muito mais simples. (…) A alma não se entrega ao desespero senão depois de esgotada todas as suas ilusões. (…) quando o limite do sofrimento é ultrapassado, a mais imperturbável virtude é abalada”.

“A traição começa sempre na curiosidade”.

“Há horas onde tudo parece impossível e, em outras, onde tudo parece fácil. Horas calmas depois de horas de tormenta. Como o dia após a noite, pela lei de sucessão e de contraste que os espíritos superficiais chamam apenas de antítese”.

“Pegou a moeda, admirado por seu tamanho. Encheu-o de admiração, conhecia-a de ouvir dizer. Ficou encantado de vê-la assim de perto. Disse; ‘contemplemos o tigre’ [imagem referente a moeda]. Olhou-a estasiado por uns instantes, depois devolveu-a e disse corajosamente: ‘Burgues (…) tome de volta a sua fera, ninguém me corrompe. Ela tem cinco garras, mas não me arranha’.”

“Salvar-se justamente pelos meios que quase nos pôs a perder, eis a obra prima dos homens fortes”.


  Os Miseráveis (Parte 5: Jean Valjean).

Frases Memoráveis.

“Estas palavras que querem injuriar; plebe, canalha, oclocracia, populaça, infelizmente desvelam mais a culpa dos que reinam que a culpa dos que sofrem, mais a culpa dos privilegiados que a culpa dos deserdados. Quanto a nós, jamais pronunciemos tais palavras sem dor e sem respeito, porque quando a filosofia sonda os fatos encontram, não poucas vezes, muitas grandezas ao lado dos miseráveis”.

“Em um conflito, ainda que buscando a justiça, o remorso de ferir um homem deve ultrapassar a alegria de lutar pela liberdade”.


"Ninguém é obrigado a dar sua vida pelas gerações futuras (...), mas é preciso admirar aqueles que se sacrificam pelo Amanhã".

“Se a liberdade é o ápice, a igualdade é a base. A igualdade não é absolutamente toda a vegetação na mesma altura, é, civilmente, oportunidades para todas as aptidões”.

“Há muita gente que observa as regras da honra como quem observa as constelações, de muito longe”.

“Contamos, do modo como são, esses sombrios efeitos da carnificina. Toda guerra é horror. Não há oque escolher. (…) falta-nos palavras para descrever o horror em tal intensidade”.

“O livro que o leitor tem neste momento diante dos olhos é, do princípio ao fim, no seu conjunto e nos seus pormenores, quaisquer que sejam as intermitências, as exceções ou as fraquezas, a marcha do mal para o bem, do injusto para o justo, do falso para o verdadeiro, da noite para o dia, do apetite para a consciência, da podridão para a vida, da bestialidade para o dever, do inferno para o céu, do nada para Deus. Ponto de partida: a matéria. Ponto de chegada: a alma. Hidra no principio, anjo no fim”.

“A justiça, de Deus, caminha em sentido inverso a justiça dos homens”.

“Linha reta, ilusão de óptica respeitável, mas que põe a perder muita gente”.

“Quando a graça se alia as rugas, torna-se adorável. A velhice satisfeita contém algo de aurora”.

“Anjo é a única palavra que não se desgasta com o uso. Qualquer outra não resistiria ao uso impiedoso que dela fazem os apaixonados”.

“Amem-se, amem-se loucamente, o amor não é estupidez dos homens, mas o espirito de Deus”.

“Carnaval: que um amontoado de torpezas possa produzir tamanha alegria, que ignominia e opróbrio possam alegrar o povo (…) tudo isso é triste. Mas que fazer? Tal é anistiado pelo riso público. O riso de todos é cúmplice da degradação universal”.

“A bruma e a escuridão não são bem recebidas pelas pessoas felizes. Elas não concordam em ser obscuras. Podem ser noite, as vezes, sim. Mas ser para sempre trevas, jamais. Se não há sol, é preciso inventar um”.

“Esta é a verdadeira felicidade, não há alegrias além desta: O amor é o único êxtase. Tudo o mais são lagrimas. Amar e ter sido amado é o bastante”.

“Nesse pugilato sem tréguas entre egoismo e nosso dever (…) a luta com nossa consciência não tem fim. (…) Não tenho necessidade senão de um perdão, o de minha própria consciência”.

“Morrer não é nada, não ter vivido é que é horrível”


Então, qual lhe tocou mais?

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2 comentários:

  1. Oi Anne, não sabia que a obra era tão extensa. Ainda não tive oportunidade de conhecer, nem pelo filme. No momento não estou muito disposta a embarcar na leitura, mas não descarto a possibilidade para o futuro.

    Gostei de várias frases, mas essa foi a que chamou mais minha atenção: “Não ver as pessoas por quem são de fato permite-nos supor nelas todo tipo de perfeições [ou imperfeições]”. Vamos muito disso por aí precisamos tomar cuidado para não cairmos nesse erro.

    Até breve;
    Helaina (Escritora || Blogueira)
    https://hipercriativa.blogspot.com
    https://universo-invisivel.blogspot.com

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    Respostas
    1. Olá, Helaina!
      É gigante msm, e eu só tive coragem de ler porque vi o Filme Musical (e tem uma mini-série também da BBC que cobre uns buracos que não foram explicados no filme), mesmo assim quis conhecer a obra original. Fiquei bem uns vários meses lendo rsrsrs.
      Tem outros calhamaços que quero ler, mas o tamanho não me ajuda, dai acabo postergando (afinal mal tô conseguindo emplacar nem leituras menores ultimamente, tô de ressaca literária, infelizmente😭).
      Quem sabe algum dia, né??

      A frase que mais marcou, dentre várias, foi "A bruma e a escuridão não são bem recebidas pelas pessoas felizes. Elas não concordam em serem obscuras. Podem ser noite, as vezes, sim. Mas ser para sempre trevas, jamais. Se não há sol, é preciso inventar um".
      Me marcou porque feliz eu até sou, quando possível, as vezes. Afinal inventar um sol nem sempre é fácil 😶

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