O Conde de Monte Cristo | Fichamento e Frases Marcantes

Fichamento, resenha, de O Conde de Monte Cristo Romance por Alexandre Dumas, pai e Auguste Maquet, com destaque das Melhores Frases do livro.  Qual a mensagem do filme O Conde de Monte Cristo? O que O Conde de Monte Cristo ensina? Como O Conde de Monte Cristo se vinga? O que significa O Conde de Monte Cristo? O que conta o filme O Conde de Monte Cristo?

O Conde de Monte Cristo | Fichamento e Frases Marcantes

    Faz um tempinho que li esse livro, quero trazer aqui para vocês um, brevíssimo, fichamento e citações memoráveis de O Conde de Monte Cristo de Alexandre Dumas. Sim, aquele clássico da literatura que fala sobre vingança!

    Fichamento de O Conde de Monte Cristo


    A premissa do livro é esta: 

    O jovem Edmond Dantes era um rapaz honesto e gentil que estava prestes a se casar com a mulher dos seus sonhos, tinha um pai amoroso e uma boa posição no trabalho que executava (marinheiro, capitão), quando então foi fatidicamente preso por um crime que não cometeu, tramado por pessoas próximas que invejam sua sorte (o personagem Caderousse), sua noiva (o personagem Fernand Mondego/Morcerf), sua posição (o personagem Danglars), ou queriam usá-lo de bode expiatório (o personagem Villefort). 

    Mas, após 14 anos na prisão, e depois de desenvolver uma amizade inesperada com um dos detentos, o abade Faria, Dantes consegue realizar uma fuga ousada que, segundo ele, foi orquestrada pela providência divina. Quando Dantes se vê, milagrosamente, livre e rico além de suas expectativas, assume uma nova identidade, Conde de Monte Cristo, agora, amargurado com tudo o que lhe aconteceu de ruim, está decidido a se vingar dos algozes que lhe puseram em carcere e lhe trouxeram tanta infelicidade outrora.

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Alexandre Dumas, o autor

    Quanto a escrita, embora seja um clássico da literatura, é bem fácil de acompanhar, pois Dumas não é o tipo de autor dado a longas descrições de lugares e personagens, e também a leitura não tem linguagem rebuscada. No geral a trama se desenrola, na maior parte das vezes, por meio de diálogos entre os personagens, o que torna o livro bastante fluido.

    Além disso, o autor não justifica seus personagens, ele, na maior parte do enredo, deixa seus personagens falarem por si mesmos ou por meio de seus comportamentos/ações e pensamentos. Permitindo que os leitores tirem suas próprias conclusões e julguem por si mesmos com base em nosso senso crítico.

    Então, se inicialmente simpatizamos com a situação de Dantes e, como ele, queremos que seus algozes sejam punidos, é porque ficamos comovidos pela injustiça feita a ele, daí querermos ver o protagonista (Dantes) vingado. Veja bem, não foi o autor que nos convenceu de que "vingança" era a coisa "certa" a fazer.

     Seguindo essa mesma lógica, portanto, do meio para o final da trama, quando Dantes é o Conde de Monte Cristo, começamos a questionar se ele não se perdeu no personagem que criou. Isso se deve a como o autor não tenta justificar suas ações como "certas" ou "erradas", ele apenas as adiciona à trama e nos deixa decidir, por nós mesmos, se as atitudes do protagonista são corretas ou não.

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    Mas vamos por partes, após escapar da prisão, Dante arma um plano elaborado para frustrar seus algozes. Seus inimigos, Caderousse, Morcerf, Villefort e Danglars, a maioria, ascenderam na vida. Monte Cristo parte do pressuposto de que para chegar tão alto eles devem ter, no processo, enganado, mentido, sido antiéticos e cometido muitos erros e crimes. 

    Então o que ele precisa fazer é desenterrar seus passados, trazê-los a tona para todos verem quem são, e fazer jorrar o pior deles para que possam chafurdar na própria miséria que trouxeram para si. Afinal, pessoas más sempre criam seus próprios infortúnios, certo? Por isso, Dantes, disfarçado de Monte Cristo, pensa estar apenas dando uma "pequena ajuda" à providência divina.

    Edmond Dantes se vê, portanto, como um anjo vingador que vem trazer a justa reprimenda aos seus algozes.  

    Detalhe, apesar de “Conde de Monte Cristo” ser seu personagem/disfarce principal para consumar sua vingança, ao longo da trama ele cria outros disfarces/personagens também, sob os nomes; “Lord Wilmore”, “Simbad, O Marujo”, e “abade Busoni” (dentre outros). Com todos esses disfarces ele consegue traçar uma teia para se infiltrar no mesmo circulo social que seus inimigos e ter poder sobre eles, mesmo que pra isso ele tenha que se aproximar de grupos criminosos e também usar os filhos e filhas, as esposas e até os amigos dos filhos de seus algozes para chegar até eles.

    Tudo o que ele precisa fazer para começar sua vingança é aparecer, bem vestido, muito interessante, bem viajado, bem acompanhado, cheio de criados, cheio de bens, inteligente, muito rico, com títulos e bonito, e se infiltrar no mesmo círculo social de seus algozes e então enredar a todos em seu ardil.

    Por que ninguém percebe que Monte Cristo é Dantes? Primeiro porque eles creem que Dantes está morto. Segundo porque pessoas que perpetram o mal quase nunca se lembram daqueles que prejudicaram com presteza, é a vítima que não esquece cada detalhe. Terceiro, porque a maioria de seus algozes são as típicas pessoas ricas que só se importam com dinheiro e status, logo, eles não conseguem ver Monte Cristo por quem ele realmente é, só conseguem ver quem ele diz ser. Isso é tudo o que Monte Cristo, ou no caso Dantes, precisava.

    Num mundo onde a vida dos ricos e poderosos é como um teatro sem fim, é fácil para Monte Cristo se infiltrar e ser considerado "mais um" dentre eles, logo ele consegue enveredar todos com sua presença marcante, assim exercendo poder sobre o destino deles sem que percebam. As novelas devem ter copiado Dumas, porque esse livro tem ares de trama comumente vista em novela.

    A questão toda é, será que não só seus algozes, mas também seus filhos e filhas, merecem punição? Os filhos devem sofrer pelos erros dos pais? Uma penalização pode recair sobre gerações?

    Do meio para o final, começamos a nos questionar se o protagonista não se perdeu no personagem que criou. Edmond Dantes ainda existe lá no fundo?

    E todo esse papo de ser anjo vingador que sobreveio através da providência divina à seu favor, será mesmo? Ou será que ele não está se utilizando desse discurso mítico religioso para tentar justificar seus próprios atos vingativos? Até que ponto um mero homem pode brincar de ser Deus ou seu enviado?

    Será que Dantes vai concluir sua vingança em relação a cada um de seus algozes? Ou vai dar por si de que está passando dos limites? 

    O livro trará a questão: vingança vale a pena? Ou mata a alma e a envenena?

    E, se ele der por si que não é nenhum enviado de Deus para punir os injustos, e ainda sim concluir sua própria vingança, conseguirá seguir a vida sem remorso? Se a vingança é um prato que se come frio, ele terá paladar pra isso?

Fichamento, resenha, de O Conde de Monte Cristo Romance por Alexandre Dumas, pai e Auguste Maquet, com destaque das Melhores Frases do livro.  Qual a mensagem do filme O Conde de Monte Cristo? O que O Conde de Monte Cristo ensina? Como O Conde de Monte Cristo se vinga? O que significa O Conde de Monte Cristo? O que conta o filme O Conde de Monte Cristo?

    Gostei do livro, entendi porque é um clássico. Porém afirmo também que houveram coisas que me surpreenderam muito por eu não estar esperando:

    1) algumas positivas (como um romance queer/gay/lésbico num livro de 1846 entre as personagens Eugénie Danglars e Louise D'armilly) e;

    2) algumas negativas (como o objeto de afeição amorosa do Conde de Monte Cristo no final, pois, embora eu não tenha problemas com relacionamentos entre pessoas de idades diferentes [desde que ambas tenham atingido a maioridade e tenham equilibrio emocional e nenhuma dependencia financeira e/ou psicológica uma para com a outra], o problema aqui nesse livro, a meu ver, é que amor romântico não pode ser intercambiável com amor filial. Era-me preferível que ele permanecesse solteiro ao invés dessa reviravolta romântica abrupta insana cujo objetivo era “e foi feliz para sempre”. Dumas poderia ter findado a obra com Dantes realizado e solteiro, afinal solteirice não é sinonimo de infelicidade, oras).

    Mas, em geral, o livro trás uma boa e elaborada reflexão sobre vingança, numa trama cheia de reviravoltas e que prende o leitor por meio de múltiplos personagens marcantes e cenas memoráveis. No fim, digo-lhes que a moral da história desse livro me fez lembrar aquele versículo Bíblico: “A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevalecem contra ela” [João 1:5].

  Frases Marcantes de O Conde de Monte Cristo


“Nunca estamos quites com os nossos credores, pois, quando não lhes devemos mais dinheiro, lhes devemos gratidão”.

“A felicidade cega ainda mais que o orgulho”.

“Sempre se tem pressa quando o alvo é ser feliz”

“[Tem quem] Faz como o Pierrot que, através da piada, diz a verdade”

“A felicidade é como aqueles palácios das ilhas encantadas, cujas portas são vigiadas por dragões. É preciso lutar para conquistá-la”.

“O anjo da morte, por mais anjo que seja, sempre me assustou muito”.

“Em política, meu caro, sabe tão bem quanto eu, não existem homens, mas ideias; não existem sentimentos, mas interesses; em política, ninguém mata um homem: suprime-se um obstáculo, ponto final”.

“Sempre tive mais medo de uma pena, de um tinteiro e de uma folha de papel do que de uma espada ou de uma arma de fogo”.

“Os senhores, que detêm o poder, contam apenas com os recursos fornecidos pelo dinheiro; quanto a nós, que esperamos deter poder novamente, contamos apenas com os recursos fornecidos pelo devotamento”.

“Dissestes que ele estava louco, mas veja, ele recuou diante das baionetas; ora, um louco não recua diante de nada”.

“O ódio é cego, a raiva atordoa, e aquele que serve-se da vingança arrisca-se a beber uma bebida amarga”.

“Implorou, não ainda a Deus, mas aos homens, Deus é o último recurso. O infeliz, que deveria ter começado pelo Senhor, só iria rogar a Ele apenas depois de esgotar-lhe todas as outras esperanças”.

“Para o homem feliz a oração permanece um amálgama monótono e vazio de sentido, até o dia em que a dor vem explicar ao desafortunado aquela linguagem sublime com a ajuda da qual, aos prantos, ele fala com Deus”.

“Suicídio; pobre daquele que, na ladeira da infelicidade, fixam-se nessas ideias funestas”.

“Lamentações feitas em conjunto são quase preces; preces feitas a dois são quase graças concedidas”.

“Foi dado inteligencia ao homem para compensar a precariedade de seus cinco sentidos”.

“O que teria feito eu se uma vez livre? Nada, talvez; esse transbordamento do meu cérebro evaporar-se-ia em banalidades. É preciso o infortúnio para escavar certas jazidas misteriosas escondidas na inteligência humana; é preciso pressão para fazer a pólvora explodir. O cativeiro reuniu num único ponto todas as minhas faculdades que flutuavam aqui e ali; elas colidiram num espaço exíguo; e, o senhor sabe, da colisão das nuvens resulta a eletricidade, da eletricidade, o relâmpago, do relâmpago, a luz”.

“A menos que pensamentos do mal nasçam numa mente já corrompida, o ser humano, por natureza, rechaça o crime. Por outro lado, a civilização nos deu necessidades, vícios, apetites capciosos que, às vezes, têm o poder de corromper-nos, sufocando nossos bons instintos e nos levando ao mal”.

“Se quiser descobrir o culpado de um crime, vá direto naquele a quem interessa que tal crime seja cometido. A quem tal crime beneficia?”.

“— Então este mundo é povoado por pessoas que mais se assemelham a tigres e crocodilos?

— Sim, mas tigres e crocodilos bípedes são mais perigosos que os outros”.

“Aprender não é saber; há sabidos e sábios; é a memória que faz os primeiros, é a filosofia que faz os outros”.

“Filosofia é a reunião das ciências adquiridas por um cérebro que as aplica praticamente”.

“Na sua idade, meu jovem, temos fé na vida, é privilégio da mocidade acreditar e ter esperança; mas nós, os velhos, vemos a morte com mais lucidez”.

“Existe um tipo vil de gente inteligente; nunca sabem o que devem saber e só acreditam no que lhes interessa e lhes convém acreditar”.

“Outrora não aspirava nada mais senão liberdade, agora, que já tinha liberdade suficiente, aspirava riqueza; a culpa disso não era dele, mas de Deus, que, limitando a força do homem, proporcionou-lhe desejos infinitos!”.

“Os que foram acostumados com adversidades não se deixam abater por uma decepção”.

“Com o sorriso da dúvida nos lábios, murmurou a expressão que lapidava a sabedoria humana: “Quem sabe..!?”.

“Por um estranho mistério da constituição humana, quanto mais se sucediam as provas (…) mais seu precário coração se arrastava na dúvida, chegando a beirar o desânimo”.

“Status, influência e poder são concedidos neste mundo pela riqueza, tais são a maior das forças de que a criatura humana pode dispor por aqui, terrenalmente”.

“Nos negócios não temos amigos, temos apenas sócios”.

“Nada melhor para dar coragem do que ter bons motivos”.

“Não é preciso conhecer o perigo para temê-lo. Há, inclusive, uma coisa a ser observada; são justamente os perigos desconhecidos que inspiram os maiores terrores”.

“Não raro passamos ao lado da felicidade sem a ver, sem a olhar, ou, quando a vemos e olhamos, sem a reconhecer”.

“Se for um homem de imaginação, as fronteiras do possível desaparecerão; o campo do infinito se abrirá, o senhor passeará, com o coração e o espírito livres, pelo domínio sem limites do devaneio. (…) é preciso que a realidade seja melhor que o sonho; ou então o sonho reinará soberano, ou então é o sonho que se transformará em vida e a vida que se transformará em sonho; mas quanta diferença nessa transfiguração! Isto é, comparando as dores da existência real com os gozos da existência no devaneio, o senhor não vai querer viver a vida real nunca mais, mas sim sonhar para sempre”.

“Desfrutemo-nos do presente sem agourar o futuro”.

“Em todos os países em que a independência se sobrepõe a liberdade, a primeira necessidade sentida por todo coração forte, por toda organização poderosa, é a de uma arma que possibilite tanto o ataque quanto a defesa, e que, fazendo perigoso aquele que a empunha, muitas vezes faz dele algo a ser temido”.

“Levem dois carneiros para o açougue, dois bois para o matadouro, e tente explicar ao que será executado que seu companheiro não morrerá, o carneiro a ser morto balirá de alegria, o boi a ser morto mugirá de prazer; mas o homem, o homem, que Deus fez à sua imagem, o homem, a quem Deus impôs como cousa primordial, como cousa única, e estabeleceu como suprema lei o amor pelo próximo, o homem, a quem Deus conferiu a voz e raciocínio para exprimir seu pensamento, qual será seu primeiro grito ao saber que seu companheiro está salvo e ele próprio não? Uma blasfêmia. (…) O homem quer a todo custo assistir a morte do seu companheiro de cativeiro, do seu companheiro de infortúnio!”.

“Hábito dos homens; sempre furiosos quando não estão em primeiro plano”.

“Se quiser mentir, reflita antes: é preferível que não fale nada”.

“Para todos os males, há dois remédios: o tempo e o silêncio”.

“Não tenho medo de fantasmas; os mortos não conseguiriam fazer, em seis mil anos, o mal que os vivos já fazem em apenas um dia”.

“Tudo está sempre à venda para quem sabe dar o preço”.

“O axioma ‘Finge valorizar-te e serás valorizado,’ é cem vezes mais útil em nossa sociedade que o axioma grego ‘Conhece-te a ti mesmo’, tal que é substituído em nossos dias pela arte bem menos difícil e bem mais vantajosa que é ‘conhece-te os outros’.

“O homem somente será como Deus quando for capaz de criar e destruir como Deus; destruir, isto o homem já sabe, é meio caminho andado, realmente”.

“Depois de realizar uma ação pouco honrosa, é a nossa mente que nos salva ao nos fornecer mil boas razões e desculpas para termos efetuado um ato vil, atos cujos quais os únicos juízes somos nós; porém, convenhamos que, essas razões e desculpas, por mais excelentes que sejam para nos preservar o sono, talvez fossem insuficientes para nos preservar a vida perante um tribunal”.

“(…) Não quero encontrar pessoas que podem me obrigar a compreender coisas que desejo ignorar e que me explicariam, à minha revelia, mistérios que elas próprias não conhecem de fato. Malditas sejam! Quero conservar as ilusões que ainda alimento (…)”.

“(…) [fez] como homem prudente e experiente que, com medo que acontecesse alguma coisa com seu dinheiro, transformara-o imediatamente num objeto de valor. (…)”.

“Os infortúnios nos deixam invejosos”.

“No fundo de cada um dos nossos pecados, além do prazer em cometê-lo, há sempre em conjunto uma pitada de remorso. Foi por isso que o Evangelho, esse eterno recurso dos sofredores, ofereceu-nos como esteio a admirável parábola da menina pecadora [Lucas, VII, 36-50] e da mulher adúltera [João, VIII, 1-11]. (…) [ou seja] às vezes acho que Deus me perdoará, pois, se não existe desculpa para o que fiz, pelo menos o arrependimento esteve presente na maneira como sofri”.

“É raro que algo que ardentemente desejamos não seja ardentemente proibido (…) Por isso a maior parte das vilanias dos homens simplesmente surge diante de tais desejos, vilania disfarçada sob a forma especiosa da necessidade. Além do mais, cometida a maldade (…) a posterior vemos que teria sido possível passar perto dela e a ter evitado. (…) por isso então nos dizemos: “Como não fiz isso em vez daquilo?”.

“… a paixão cega os espíritos mais lúcidos”.

“(…) não demonstrou qualquer espanto, afinal, inexistem emoções intermediárias num coração já invadido pelo desespero supremo”.

“As ideias não morrem, às vezes adormecem, mas depois logo despertam com mais vitalidade e força que antes”.

“Os corações mais corrompidos só acreditam no mal quando este repousa em um interesse, quaisquer que sejam, mas o mal por pura maldade e sem motivos lhes é repulsivo e tratam-no como uma anomalia”.

“Os amigos de hoje são os inimigos de amanhã”.

“Diante de um mistério com teor criminoso, procure aquele a quem o crime beneficiaria, afirma um axioma da jurisprudência”.

“Deus é cheio de misericórdia para com todos (…), é pai antes de ser juiz”.

“As feridas morais têm essa particularidade: elas se escondem, mas não se fecham. Sempre dolorosas, prontas para sangrar quando tocadas, elas permanecem vivas e abertas no coração”.

“Inimigos dos quais temos conhecimento não são, de forma alguma, os mais perigosos”.

“(...) louco é quem não arranca o próprio coração [emoções] no dia em que jura vingar-se!”.

“Há virtudes cujo exagero é um crime”.

“A precipitação é má conselheira”.

“A vida é um eterno naufrágio de nossas esperanças”.

“Tome cuidado; pedir um conselho é pior que pedir um favor”.

“Porta aberta é mau sinal! Eu preferia triplamente aferrolhada”.

“Não foi uma desgraça, o que lhe ocorreu foi uma desventura. Só considero desgraça as coisas irreparáveis”.

“Quem maldade deseja, cousa pior deve esperar”.

“Mazelas que seriam insuportáveis para um pobre miserável cujo rebento constituísse toda a sua fortuna, mais toleráveis são para um milionário. Não adianta os filósofos falarem que o dinheiro não trás felicidade, pois os homens práticos sempre irão desmenti-los nesse aspecto: o dinheiro é consolo para muitas coisas”.

“Frequentemente, em sua juventude, falara de sua própria pobreza, porém não era em absoluto a verdade, pois necessidade e privação são sinônimos, mas sinônimos cujos quais a diferença entre um e outro abre-se um mundo. (…) [em um] necessita-se de mil coisas, mas nunca lhes faltam outras tantas”.

“A confissão feita no último instante, a confissão feita quando não se pode mais negar, essa confissão não diminui em nada o castigo infligido ao culpado!”.

“Quanto ao próprio réu, ainda que permeado das mais variadas acusações vis, muita gente preferia pensar nele como alguém amável, belo e pródigo, preferiam acreditar que as acusações nada mais eram que alguma maquinação executada por um inimigo invejoso. Como é comum no mundo; as grandes fortunas, por vezes, dão oportunidade para fazer o bem à altura do maravilhoso, mas também ampliam os meios para se praticar o mal e obter poder à altura do inaudito”.

“Que se apague em mim o resquício da dúvida, pois, caso esta não se transforme em convicção, virá a ser um remorso”.

“… [há um] espectro implacável, que vive dentro de toda criatura mortal e, a cada batida do coração, diz-lhe: ‘Morrerás!’”.

“Não existe nem felicidade nem infelicidade neste mundo, existe a comparação de uma com a outra, apenas isso. (…) Apenas aquele que atravessou o extremo infortúnio está apto a sentir a extrema felicidade. É preciso ter desejado morrer para saber como é bom viver. (…) Portanto, vivam e sejam felizes (…) e nunca se esqueçam de que, até o dia em que Deus dignar-se a desvelar o futuro para o homem, toda a sabedoria humana estará nestas palavras: Esperar e ter esperança”.

Esperar e ter esperança.

    Então, qual a sua favorita? Já leu este livro? Pretende ler?

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4 comentários:

  1. É uma terrível falha minha nunca ter lido essa obra!

    Bjxxx,
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    Respostas
    1. Ah, não seja tão dura consigo mesma! Esse livro estava na minha lista, mas eu também não pretendia lê-lo tão cedo. Porém uma amiga em comum no Skoob me convidou para ler com o grupo de leitura dela, daí aceitei. Gostei do livro mais do que imaginava. Se gostas de assistir filmes, séries e novelas sobre o tema vingança e temas de época, esse livro vai te agradar, achei bem tranquilo de ler, Dumas escreve de um jeito que parece que é um filme que tá rolando na nossa frente enquanto lemos, as páginas passam rapidamente, haha. Fica a dica.

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  2. Oi Ane, tudo bem?
    Obviamente já ouvi falar muito desse livro, sobre as adaptações cinematográficas, mas ainda não peguei pra ler nem pra assistir. Gostei de conhecer um pouco mais sobre a trama com a sua resenha e confesso que sou do time Seu Madruga: "a vingança nunca é plena, mat4 a alma e a envenena". Fiquei com vontade de ler para tirar minhas conclusões sobre as ações do personagem.

    Várias das frases que você selecionou chamaram minha atenção, dentre elas se destacou algo que você mencionou duas vezes com a mesma ideia: "descobrir o culpado procurando quem se beneficia com o crime." Esse raciocínio é usado muitas vezes nas histórias do Sherlock e do Poirot.

    Até breve;
    Helaina (Escritora || Blogueira)
    https://hipercriativa.blogspot.com (Livros, filmes e séries)
    https://universo-invisivel.blogspot.com (Contos, crônicas e afins)

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    Respostas
    1. Então, Helaina, eu também não pretendia ler esse livro tão cedo, mas acabei conhecendo um grupo de leitura por convite de uma conhecida no Skoob, empenhados a ler esse livro e acabei topando participar. Minha ideia foi: sozinha talvez eu não leia, mas em grupo, um incentivando o outro, talvez de certo, e deu. Gostei bastante da leitura.

      Também só vi duas adaptações dele (a de 2002 e a de 2024), depois que terminei de ler. Acabei preferindo mais o livro, como é de se esperar.

      P.s: Sim, essa frase aparece duas vezes na trama em momentos distintos, e também me lembrou automaticamente de Sherlock Holmes.

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